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two become one

15/03/2011

Faz algum tempo que tenho tentado, e me orgulhado quando consigo, não mudar as crenças de ninguém.

Não sou só eu que lembro o tanto que peguei no pé dos meus amigos de infância quando eu descobri que eles estavam crescendo com uma cabeça diferente da minha. Todo mundo que viu faz questão de mencionar (não atoa sou considerado a ovelha rosa da família, por essas e outras coisas). Que eu dei sermão, briguei, e tudo que tinha direito. Mentira não é. E eu nunca fui uma pessoa muito fácil de lidar, acho.

Não sei quando que isso passou, aliás não sei quando metade das minhas implicâncias passaram.

Não foram poucas as vezes nos últimos tempos que tenho declarado de peito inflado que não sou mais assim. Que não quero discutir as escolhas de ninguém. Que cada um sabe da sua vida e que eu torço por todos meus amigos, concorde com o caminho deles ou não. Só que as vezes eu me pego achando que isso tudo é resultado de uma apatia geral na minha vida. Menos apaixonado, menos criativo. Talvez mais equilibrado, e menos todo o resto.

Agora eu acho que não preciso ter mais esse tipo de preocupação. Sim, eu ainda fico mordido com os valores, ou escolhas de pessoas que me são queridas. Basta que gire em torno de uma coisa que eu acredito, defenda, pela qual eu seja apaixonado.

E o tema sempre foi e ainda é, um só!

Menos hipocrisia nas relações interpessoais. Menos julgamentos, menos conceitos, menos declarações orgulhosas de que “comigo só pode ser assim”. Menos regras pré estabelecidas, por favor.

Hoje esse blog completa 2 anos. 2 anos que eu falo, falo, falo. E não sei se cheguei a algum lugar com isso. Fato é que escrever me faz soltar algumas coisas que eu quero dizer. Não quero dar regras, não quero criar rótulos.

Nesse mesmo 15 de março, dessa vez em 2010, eu partia em outra busca: mudar de país, mudar de profissão, me sentir mais livre, talvez mudar de vida.

Alguns planos continuam lá: Arranjar um namorado estrangeiro que fosse o grande amor da vida (ó o que os filmes me fizeram desde pequeno), ser excelente em uma nova profissão já que eu não me achava bom na profissão anterior, e outras coisas que na verdade não passam de ilusões.

Hoje penso que coisas externas (como mudar de cidade, país, trocar de namorado, de amigos) não resolve nada. O que realmente faz com que a gente mude é uma mudança na gente mesmo. E não querer mudar os outros, e sim aprender. Não é fácil. E tem 2 anos que tento mudar nisso. Espero que alguém tenha aprendido alguma coisa com o insistente aqui também. Afinal, a minha vaidade continua passeando e exibindo o cachorro por aí.

Fica um grande muito obrigado.